More than two millennia of Christianity and it is still possible to see that we are, unfortunately, in the “stone age” of faith.

 More than two millennia of Christianity and it is still possible to see that we are, unfortunately, in the “stone age” of faith. What has caused this? I believe that we generally lack a deep understanding of Jesus Christ, His way of thinking and acting, the way He lived the messianic reality and His most intimate desire for salvation. Despite being Christians, we continue to be trapped by our own will, by the charms of a world that is clearly inhumane in what it values. In all realities, we see signs of weariness, of meaning, of fulfillment and of demotivation. The sameness has taken over many minds and hearts, the new has haunted many, the choices have not been very successful, a certain institutional discontinuity has formed among people, internal divisions are creating dangerous roots in the historical and well-founded structures, and there is no real change in the minds of so-called Christians in their majority. Christians, in astonishing numbers, repeat the ways of thinking of pagans of all times. They are in the Church, but they no longer identify with it. They give preference to ideologies, to well-elaborated reasoning, to what is widely valued, even coming from a majority that is ignorant and blind to the logic of Jesus Christ. In this context, far from Jesus Christ, deluded by “forms” of faith of an individualistic nature, they make their interpretations blindly, revealing a kind of “god” who is also blind, incapable of understanding that all humans are sinners and, for this very reason, inclined to death.

In this sense, the action of Pontius Pilate (the blacksmith, something like evil) in ordering the killing of many Galileans who sympathized with the Zealot movement, which was waging armed struggle against the Romans, can be justified. Pilate was bloodthirsty, a friend of power, a man incapable of taking a definitive step for the truth. The Zealots, sons of Judaism, more precisely one of the Jewish sects, who preached a political messianism that was an enemy of Rome and fought to have the Romans eliminated from Israel. It can be said that they were fanatical enemies of Rome. In view of the crime presented here to Jesus, other groups of Jews believed that the reason for so many deaths was due to their sin. Because they were sinners, they deserved the punishment of death. In this case, another type of fanaticism is shown: the so-called "saints", "pure", impeccable, "friends" of themselves, men who think they will not suffer the same fate as the Galileans because they do not deserve such punishment, as if they were more important, full of privileges and arrogance. In this mentality, crime serves as an indicator of the misfortune deserved by the sinner; and, what is more, they create an imperial religious form. For Jesus, this is terrible, it is a true deformation of intelligence and religion. While they think this way, they fail to see the damage caused by the injustices of those who govern, the power struggle, the massacre of innocents and, in a certain way, the favoring of the culture of death. Therefore, we must fight for life at all costs.

Salvation is not a personal choice at all. No one is saved by following the established laws, all the rites and everything that is required of them. All of this is important, but many do all of this thinking about themselves: to be honored, respected, applauded, to show themselves as saints, immaculate, perfect, among other things. Salvation is, above all, God's initiative, His choice, also His decision. Only later is it man's response. Salvation, then, depends on God's first action and on man's response. It does not happen by simply following the rules, but by the person's total conversion to God. To convert is to change one’s mentality, to abandon the logic of the world and to embrace God’s logic completely, to be of God, to turn to Him, to love Him deeply, to recognize oneself as a sinner, imperfect, but capable of overcoming everything with His grace. The converted man does not cling to honors, but to a deep life of intimacy with God. Only then will such a man bear fruit.

The disciple must be prepared for the decisive moment. His life on earth is not eternal. Changing his life is the right path, renouncing evil and seeking to fulfill the will of the Lord, loving Him with all his heart. When he least expects it, he will leave this world. Jesus expects us to convert immediately. Now is the time to change our mentality, to abandon the inhuman way of thinking of the world and embrace the reality conceived by Jesus himself. The fig tree, Israel, was cut down in the year 70 AD because it did not produce the expected fruit. And are we bearing fruit?

The time of the fig tree corresponds to the years of Jesus’ preaching. The fact that he still insists on the fig tree indicates God's total desire for salvation, which reaches the point of absurdity in expecting something humanly impossible, which is a barren fig tree to bear fruit. Even though it may seem absurd, Jesus is committed to changing people's lives. He is in solidarity with everyone.

Mais de dois milênios de cristianismo e ainda é possível perceber que nos encontramos, infelizmente, na “idade da pedra” da fé. O que nos tem provocado isso? Acredito que nos falta, no geral, um profundo mergulho no conhecimento de Jesus Cristo, no Seu modo de pensar e agir, na forma como viveu a realidade messiânica e no Seu mais íntimo desejo de salvação. Apesar de sermos cristãos, continuamos presos às armadilhas da nossa própria vontade, dos encantos de um mundo claramente desumano naquilo que valoriza. Em todas as realidades, vê-se sinais de cansaço, de sentido, de realização e de desmotivação. A mesmice tem tomado conta de muitas mentes e corações, o novo tem assombrado a muitos, as escolhas não tem tido muito sucesso, uma certa descontinuidade institucional tem se formado entre as pessoas, divisões internas criando raízes perigosas nas estruturas históricas e bem fundadas, e nenhuma mudança verdadeira nas mentes ditas cristãs em sua maioria. Os cristãos, em número assombroso, repetem formas de pensar de pagãos de todos os tempos, estão na Igreja, mas não mais se identificam com ela, dão preferência a ideologias, a raciocínios bem elaborados, ao amplamente valorizado, mesmo vindo de uma maioria ignorante e cega quanto à lógica de Jesus Cristo. Nesse contexto, distante de Jesus Cristo, iludidos por “formas” de fé de tipo individualista, fazem suas interpretações às cegas, revelando uma espécie de “deus” também cego, incapaz de entender que todos os humanos somos pecadores e, por isso mesmo, inclinados à morte.

Nesse sentido, a ação de Pôncio Pilatos (o boca de ferreiro, algo como que maligno) de mandar matar muitos galileus simpatizantes do movimento zelota, que travava luta armada contra os romanos, pode ser justificada. Pilatos era sanguinário, amigo do poder, homem incapaz de dar um passo definitivo pela verdade. Os zelotas, filhos do judaísmo, mais precisamente uma das seitas judaicas, que pregava um messianismo político inimigo de Roma, e lutava para que os romanos fossem eliminados de israel. Pode-se dizer que eles eram fanáticos inimigos de Roma. Diante do crime aqui apresentado a Jesus, outros grupos dos judeus achavam que o motivo de tantas mortes deveu-se ao pecado deles. Por serem pecadores, mereceram o castigo da morte. Nesse caso, outro tipo de fanatismo se mostra: os ditos "santos", "puros", denominados impecáveis, "amigos" de si mesmos, homens que pensam de não sofrerem a mesma sorte dos galileus pelo fato de não merecerem tal castigo, como se fossem mais importantes, cheios de privilégios e arrogância. Nessa mentalidade, o crime serve como indicador da desgraça merecida pelo pecador; e, ainda mais, criam uma forma religiosa imperial. Para Jesus isso é terrível, é uma verdadeira deformação da inteligência e da religião. Enquanto pensam dessa forma, não conseguem perceber os danos causados pelas injustiças dos que governam, o jogo de poder, o massacre de inocentes e, de certo modo, o favorecimento à cultura de morte. Deve-se, pois, lutar a todo custo pela vida.

A salvação não é uma escolha pessoal em absoluto. Ninguém se salva pelo fato de cumprir as leis estabelecidas, todos os ritos e tudo o que se exige para ser feito. Tudo isso é importante, mas muitos fazem tudo isso pensando em si mesmos: em ter honras, ser respeitado, aplaudido, mostrar-se com a face de santo, imaculado, perfeito, entre outras coisas. A salvação é, antes de tudo, iniciativa de Deus, escolha Dele, decisão também Dele. Somente depois, é resposta do homem. A salvação depende, então, da ação primeira de Deus e da resposta do ser humano. Ela não acontece pelo simples cumprimento das normas, mas pela conversão total da pessoa a Deus. Converter-se é mudar de mentalidade, deixar a lógica do mundo e abraçar absolutamente a lógica de Deus, ser de Deus, voltado para Ele, amá-lo profundamente, reconhecendo-se pecador, imperfeito, mas capaz de tudo superar com Sua graça. O homem convertido não se apega às honras, mas a uma profunda vida de intimidade com Deus. Somente assim, tal homem dará frutos.

O discípulo deve estar preparado para o momento decisivo. Sua vida na terra não é eterna. Mudar de vida é a estrada certa, renunciar o mal e procurar cumprir a vontade do Senhor, amando-o de todo o coração. Quando menos pensar, partirá desse mundo. Jesus espera que nos convertamos imediatamente. É agora o momento da mudança de mentalidade, desse largar a forma de pensar desumana do mundo e abraçar a realidade pensada por Jesus mesmo. A figueira, Israel, pelo fato de não produzir o fruto esperado foi cortada nos anos 70 d.C. E nós, estamos dando frutos?

O tempo da figueira corresponde aos anos de pregação de Jesus. O fato de ainda insistir na figueira, indica o desejo salvífico total de Deus, que chega ao absurdo de esperar por algo humanamente impossível, que é uma figueira estéril dar frutos. Mesmo que pareça absurdo, Jesus aposta na mudança de vida das pessoas. Ele se solidariza com todos.