quinta-feira, 27 de março de 2025

Evangelho desta quinta 27 de Março




Evangelho 



Naquele tempo, 14 Jesus estava expulsando um demônio que era mudo. Quando o demônio saiu, o mudo começou a falar, e as multidões ficaram admiradas. 15 Mas alguns disseram: "É por Belzebu, o príncipe dos demônios, que ele expulsa os demônios". 16 Outros, para tentar Jesus, pediam-lhe um sinal do céu. 17 Mas, conhecendo seus pensamentos, Jesus disse-lhes: "Todo reino dividido contra si mesmo será destruído; e cairá uma casa por cima da outra. 18 Ora, se até Satanás está dividido contra si mesmo, como poderá sobreviver o seu reino? Vós dizeis que é por Belzebu que eu expulso os demônios. 19 Se é por meio de Belzebu que eu expulso demônios, vossos filhos os expulsam por meio de quem? Por isso, eles mesmos serão vossos juízes. 20 Mas, se é pelo dedo de Deus que eu expulso os demônios, então chegou para vós o Reino de Deus. 21Quando um homem forte e bem armado guarda a própria casa, seus bens estão seguros. 22 Mas, quando chega um homem mais forte do que ele, vence-o, arranca-lhe a armadura na qual ele confiava, e reparte o que roubou. 23 Quem não está comigo, está contra mim. E quem não recolhe comigo, dispersa".


— Palavra da Salvação.



Reflexão



1. Jesus se apresenta expulsando demônios. Com a presença de Jesus, o mundo pode tocar o Reino de Deus. Sua presença não pode acontecer simultaneamente com a do Satanás; a Verdade não tem amizade com a mentira. Onde está o Reino de Deus ali não há espaço para Seu Inimigo. Em outras palavras, o Diabo não pode coexistir com Jesus. As trevas não permanecem quando se acende uma luz. Ainda mais, a presença de Jesus significa o fim do domínio satânico.


 


2. O demônio era mudo. Um mundo dominado pelo mal não tem palavras, não tem sentido, não tem rumo, não pode dialogar, mas tão somente fazer barulhos, rumores, gestos insignificantes, ruídos abusivos na tentativa de enganar, por não possuir um objetivo verdadeiro, uma razão maior e de plenitude para o homem. Expulsar tal demônio significa possibilitar o diálogo; revelar a presença da Palavra de Deus; oferecer ao mundo a possibilidade do uso da linguagem, do raciocínio; dar uma razão e um sentido existencial e para toda a vida; significa ainda revelar a bondade salvífica de Deus e a fraqueza de Satanás, a libertação do homem e a prisão do Inimigo.


 


3. Certamente alguns dirão que o Inimigo age de tal forma que expulsa ele próprio para enganar os dominados, que alguém pode agir em nome de Satanás para iludir as pessoas. Além disso, trata-se de um julgamento sem interesse pela verdade. Aqueles que O acusam, fazem-no por pura maldade, talvez porque estão perdendo espaço diante do povo, uma vez que suas máscaras também estão caindo diante da Verdade. Eles estão tão atordoados que, maldosamente, acusam Jesus de uma infâmia, tentam destruí-lo com a louca insinuação de estar Jesus agindo instigado por um espírito imundo denominado Belzebu, que significa “homem das moscas” ou homem imundo.   Também, os que pedem sinais não se preocupam com a busca da verdade, mas simplesmente com o sensacionalismo. Jesus percebeu que eles precisavam entender que o mal não vai expulsar ele mesmo. Eles agiam mal, na qualidade de hipócritas. Nesse caso, expulsar demônios pode ser interpretado de modo equívoco. O fato é que Jesus expulsa porque tem o domínio sobre a criação, sobre o homem e sobre o mal. Nada O resiste porque é Deus feito carne, é o Senhor e está no mundo para libertar o homem de toda e qualquer prisão e desvio de sua orientação salvífica. Ele não age em nome do mal, mas com o "Dedo de Deus", isto é, o Poder do Altíssimo. A prova disso é que toda sua existência é ser todo para o outro, para o bem maior de todos, dando Sua vida, a fim de que todos sejam salvos; não busca a Si mesmo, não quer honrarias, não procura os primeiros lugares, nem adulações, nem aplausos, nem a glória do mundo. Ele age exclusivamente fazendo a vontade do Pai para a salvação da humanidade.


 


4. Jesus liberta o mundo, o homem e o tempo do poderio satânico. Sua presença na história é decisiva. Como homens e mulheres livres, todos os discípulos de Cristo devem seguir sem nenhuma pretensão de posse, sem nenhum motivo de orgulho, mas com a consciência de quem já conquistou a vitória, mas precisa completar na sua carne, na realidade da Igreja, o que faltou na paixão. A Igreja é o lugar do encontro com a salvação, com a vida nova, com a Nova e Eterna Aliança, então é preciso continuar no mundo com a força do Espírito de Deus, não com a sensação da vitória como se fosse força nossa. É pelo "dedo de Deus" que venceremos o mal.


 


Um forte e carinhoso abraço.





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