sexta-feira, 14 de fevereiro de 2025

Jesus Cristo faz bem todas as coisas





Evangelho 



Naquele tempo, 31 Jesus saiu de novo da região de Tiro, passou por Sidônia e continuou até o mar da Galileia, atravessando a região da Decápole. 32 Trouxeram então um homem surdo, que falava com dificuldade, e pediram que Jesus lhe impusesse a mão. 33 Jesus afastou-se com o homem, para fora da multidão; em seguida colocou os dedos nos seus ouvidos, cuspiu e com a saliva tocou a língua dele. 34 Olhando para o céu, suspirou e disse: "Efatá!", que quer dizer: "Abre-te!" 35Imediatamente seus ouvidos se abriram, sua língua se soltou e ele começou a falar sem dificuldade. 36 Jesus recomendou com insistência que não contassem a ninguém. Mas, quanto mais ele recomendava, mais eles divulgavam. 37 Muito impressionados, diziam: "Ele tem feito bem todas as coisas: Aos surdos faz ouvir e aos mudos falar".


— Palavra da Salvação.



Reflexão



1. Jesus continua passando pela área limítrofe da Galileia (Tiro, Sidônia, Decápole), território pagão, onde realiza o milagre na vida da filha da mulher pagã Siro-fenícia (7,24-30), que se satisfez somente com a migalha, com a sobra do pão dos filhos, uma tremenda demonstração de humildade e fé. Além desse, hoje também o milagre do surdo-mudo, mediante gestos que indicam mais um ritual batismal. A presença de Jesus nesse território, segundo a teologia de Mc, tem como objetivo levar aos pagãos a salvação, conceder-lhes a graças de serem também eles participantes da Nova e Eterna Aliança. Há, no texto de Mc, um sentido universal da FÉ.


 


2. O modo como Jesus realiza o milagre no surdo-mudo não deve surpreender, pois não se trata do mais importante. Não deixa, portanto, de ser algo curioso, até porque não era nada visto em outros milagres realizados por Jesus. O gesto de Jesus não diz respeito à uma ação terapêutica ou mesmo uma ação mágica. Ele não é um benzedor judeu nem um mágico grego. Ele não brinca com as pessoas nem muito menos com o bem que está realizando para a salvação delas. Mc apresenta esse gesto como um sinal da abertura do homem à uma realidade nova. É um gesto simbólico de uma força tremenda. Aqui se revela o cumprimento das promessas de Is 35,5-6: "Então se abrirão os olhos dos cegos, os ouvidos dos surdos se desobstruirão, o coxo saltará como um cervo e língua dos mudos entoará cantos".


 


3. Jesus toca o ouvido do surdo, permitindo-lhe escutar a Palavra de Deus, dando-lhe a graça de poder aprofundar esse conhecimento da teologia, da ciência de Deus, de fugir das vozes do mundo e ser todo para Deus. Em seguida, com Sua saliva toca-lhe a língua, sinal de que a palavra que será proclamada por aquele homem não será sua, mas de Deus, é o Cristo mesmo, Palavra Eterna do Pai, a Palavra da Salvação. Agora aquele homem pode proclamar a Palavra que não é dele, mas de Deus, pode anunciar a Palavra que lhe foi dada.


 


4. A surdez e a mudez daquele homem indicam os surdos-mudos do mundo sem fé, daqueles que se fecham totalmente à graça de Deus, que não querem saber das coisas de Deus. Portanto, um mundo sem escuta da Palavra de Deus e, consequentemente, sem profetas, é um mundo sem fé, amor e esperança; um mundo egoísta, individualista e sem horizonte; um mundo da força, da opressão e da ilusão. O surdo-mudo, agora curado, simboliza os que se abriram e aqueles que se abrirão à fé e, por isso mesmo, ao batismo. Os gestos de Jesus indicam o momento batismal. Pela fé e pelo batismo nasce um novo homem, decidido à escuta de Deus e pronto para proclamá-LO. É missão da Igreja eliminar com a surdez e mudez do mundo o quanto antes. Urge essa missão libertadora na força do Espírito de Deus.


 


Um forte e carinhoso abraço.



São Cirilo e S. Metódio 



"Uma vida constantemente em viagem, muito cansativa, entre as aventuras e os perigos de dois homens unidos pelo vínculo de sangue, da fé cristã, do destino de dever traçar um caminho novo onde a tradição já havia pavimentado uma estrada larga e movimentada. Tem disto e muito mais por trás da auréola e a pose hierática com os quais são retratados talvez os mais célebres irmãos Santos da catolicidade, Cirilo e Metódio.


O administrador e o erudito

Apenas dois anos separam os nascimentos. O maior é Metódio (que na realidade se chamava Miguel) e nasce em 825 em Tessalonica, onde em 827 vem à luz Cirilo (no século, Constantino). A história os vê inicialmente divididos. O primeiro se distingue logo como um hábil administrador e recebe o cargo de arconte de uma província do Império bizantino.


O segundo recebe uma educação refinada em Constantinopla - gramática, retórica, astronomia e música – o que deveria fazer dele um alto dignatário imperial. Mas quando chega o tempo, Cirilo tem uma ideia diferente e recusa.


O novo alfabeto da Bíblia

Por volta dos 35 anos, o Imperador Miguel III pensa em Cirilo quando os Czares do Mar de Azov pedem o envio de um letrado que saiba discutir com Judeus e sarracenos. É aqui que os dois irmãos se reúnem, iniciando a primeira de inúmeras missões juntos.


Dois anos mais tarde, em 863, é a vez da Grande Morávia. O objetivo da missão é a de opor-se à influência germânica com dois missionários que soubessem o eslavo.


Mas Cirilo e Metódio vão além. Provavelmente percebendo as dificuldades de comunicar as Escrituras nas línguas oficiais, o latim e o grego, os dois irmãos criam um novo alfabeto, o “glagolítico”, universalmente conhecido como “cirílico”: 40 caracteres derivados na maior parte de grafemas de cursiva medieval do alfabeto grego.


Evangelho do leste

A obra deles é tão extraordinária que o Papa, chamando-os a Roma, recebe Cirilo e Metódio indo ao encontro deles em procissão.


Os grandes esforços aos quais se submeteram, debilitam a saúde do mais jovem. Em 14 de fevereiro de 869 Cirilo, que tornou-se monge, morre após uma doença.


Metódio é consagrado bispo e continua a missão de sempre, superando hostilidades e incompreensões, e instruindo discípulos na tradução dos textos sagrados".



(Fonte: https://www.vaticannews.va/pt/santo-do-dia/02/14/ss--cirilo--monge-e-metodio--bispo---padroeiros-da-europa-.html)


Evangelho do 



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