Euclides (c. 330 a. C. -
260 a. C.) nasceu na Síria e estudou em Atenas. Foi um dos primeiros geómetras e é
reconhecido como um dos matemáticos mais importantes da Grécia Clássica e de
todos os tempos.
Muito pouco se sabe da sua vida. Sabe-se que foi chamado para ensinar Matemática na escola criada por Ptolomeu Soter (306 a. C. - 283 a. C.), em Alexandria, mais conhecida por "Museu". Aí alcançou grande prestígio pela forma brilhante como ensinava Geometria e Álgebra, conseguindo atrair para as suas lições um grande número de discípulos. Diz-se que tinha grande capacidade e habilidade de exposição e algumas lendas caracterizam-no como um bondoso velho.
Conta-se que, um dia, o rei lhe
perguntou se não existia um método mais simples para aprender geometria e que Euclides respondeu: "Não
existem estradas reais para se chegar à geometria". Muito pouco se sabe da sua vida. Sabe-se que foi chamado para ensinar Matemática na escola criada por Ptolomeu Soter (306 a. C. - 283 a. C.), em Alexandria, mais conhecida por "Museu". Aí alcançou grande prestígio pela forma brilhante como ensinava Geometria e Álgebra, conseguindo atrair para as suas lições um grande número de discípulos. Diz-se que tinha grande capacidade e habilidade de exposição e algumas lendas caracterizam-no como um bondoso velho.
Outro episódio sobre Euclides refere-se a um dos seus discípulos, o qual, resolvendo ser espirituoso, depois de aprender a primeira proposição de geometria lhe perguntou qual o lucro que lhe poderia advir do estudo da geometria. Nesse momento, Euclides - para quem a geometria era coisa séria - chamou um escravo, passou-lhe algumas moedas e ordenou que as entregasse ao aluno: "já que deve obter um lucro de tudo o que aprende".
Euclides é exemplo do "Puro Homem da Ciência", que se dedica à especulação pelo gosto do saber, independentemente das suas aplicações materiais.
Embora se tenham perdido mais de metade dos seus livros, ainda restaram, para
felicidade dos séculos vindouros, os treze famosos livros que constituem os Elementos (Stoicheia). Publicados por
volta de 300 a. C., aí está contemplada a aritmética, a geometria e a álgebra.
Muitos outros textos lhe são atribuídos,
dos quais se conhecem alguns títulos:
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Divisões de superfícies,
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Data ( continha aplicações da álgebra à geometria numa linguagem estritamente geométrica),
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Pseudaria,
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Tratado sobre Harmonia,
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A Divisão (continha muito provavelmente 36 proposições relativas à divisão de configurações planas),
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Os Dados (formavam um manual de tabelas, servindo como guia de resolução de problemas, com relação entre medidas lineares e angulares num círculo dado),
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Óptica (seria um estudo da perspectiva e desenvolveria uma teoria contrária à de Aristóteles, segundo a qual é o olho que envia os raios que vão até ao objecto que vemos e não o inverso).
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Os fenómenos (celestes) (pensa-se que Euclides discorreria sobre Geometria esférica para utilização dos astrónomos),
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Porismos (um dos mais lamentáveis desaparecimentos, este livro poderia conter aproximações à Geometria Analítica).
O
trabalho de Euclides é tão vasto que alguns historiadores não acreditavam que fosse
obra de um só homem. Os trabalhos matemáticos que chegaram até nós foram inicialmente
traduzidos para árabe, depois para latim, e a partir destes dois idiomas para outras
línguas europeias.
Embora alguns conceitos já fossem conhecidos anteriormente à sua época, o que
impossibilita uma análise completa da sua originalidade, pode-se considerar o seu
trabalho genial. Ao recolher tudo o que então se conhecia, sistematiza os dados da
intuição e substitui imagens concretas por noções abstractas, para poder raciocinar
sem qualquer apoio intuitivo.
Olga Pombo:
opombo@fc.ul.pt
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