quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Paisagens Naturais

Paisagens Naturais






A África é considerado o terceiro maior continente em extensão, cerca de 75% de seu território está localizado na faixa intertropical do globo, ou seja, entre o trópico de Câncer, ao norte, e o trópico de Capricórnio, ao sul. Essa característica faz com que seja o continente mais tropical do mundo, apresentando temperaturas muito elevadas. O continente africano é cortado pela linha do equador em sua parte central, ficando com terras igualmente distribuídas pelos hemisférios norte e sul.O território africano é banhado ao norte pelo mar Mediterrâneo, ao sul pela junção dos oceanos Índico e Atlântico, a leste pelo mar Vermelho e o oceano Índico e a oeste pelo Atlântico.



Relevo


No continente africano as formas de relevo são relativamente homogêneas, podendo ser considerado como um grande planalto, formado em sua maior parte por rochas antigas. O continente pode ser dividido em duas porções: a norte-ocidental, de formas mais baixas, e a sul-oriental, de topografia mais elevada.Além dos planaltos, o relevo apresenta extensas áreas de depressões, onde se instalam os desertos continentais.Apesar de os grandes planaltos dominarem a África, há algumas cadeias de montanhas no continente. Entre elas duas merecem destaque: Cadeia do Atlas e Cadeia do Drakensberg.



Neve nos trópicos





Considerado a mais alta montanha isolada do planeta, o monte Quilimanjaro, localizado no norte da Tanzânia, atinge 6 000 metros de altitude. A imagem do Quilimanjaro constitui, ao lado das pirâmides e dos camelos do Egito, no nordeste do continente, um dos principais cartões-postais da África. Afinal até 1889, quando o explorador alemão Hans Meyer escalou a montanha e comprovou que havia realmente muito gelo na região, ninguém acreditava que num continente definido como mais tropical do mundo pudesse haver neve.A quantidade de gelo de altitude, porém tem diminuído progressivamente, e os estudiosos acreditam que isso se deve à influência do efeito estufa, essas alterações podem mudar radicalmente a paisagem africana.




Hidrografia


Levando em conta a grande extensão territorial da África, a hidrografia é formada por pouco rios e lagos. Entre os rios africanos, o mais importante é o rio Nilo, segundo maior do mundo em extensão. Ele nasce no lago Vitória e corre para o norte, desaguando no mar Mediterrâneo. Conhecido como o “pai de todos os rios”, o Nilo garante a sobrevivência de um décimo da população africana. O Egito e o Sudão, por exemplo, dependem quase inteiramente desse rio.Em volume de água, o rio Congo é o segundo maior do mundo, superado apenas pelo rio Amazonas, um outro rio de destaque é o Nínger.




A fertilidade do vale do Nilo



Durante milhares de anos, os egípcios utilizaram-se do fenômeno de cheias e vazamentos do rio Nilo para desenvolver uma intensa atividade agrícola nas áreas próximas às suas margens. Na época das cheias, uma grande quantidade de sedimentos e de matéria orgânica era depositada pelas águas desse rio sobre os solos das áreas inundáveis. Assim, na época das vazantes, realizava-se o plantio das culturas no solo fertilizado. Esse fenômeno cíclico da natureza foi responsável pelo sustento e pela riqueza que fizeram florescer a civilização egípcia.


Aprendendo um pouco mais...


O regime das cheias e vazantes do rio Nilo está ligado ao derretimento da neve nas altas montanhas do interior africano, bem como às chuvas que abundam nas cabeceiras do rio. O volume de água aumenta consideravelmente por volta do mês de julho e as águas barrentas arrastam sedimentos, que são depositados nas margens alagadas: o húmus. Com isso, o solo torna-se fértil ao ponto de permitir uma ótima colheita. Com os canais de irrigação, construídos desde o período Neolítico, ampliaram a área de aproveitamento agrícola. Dotado de uma abundante flora (papiros, palmeiras e trigo selvagem) e fauna (íbis, crocodilos e hipopótamos), o Nilo sustentou uma das mais antigas civilizações do mundo: o Egito.




Clima e Vegetação




No continente africano há grande diversidade de tipos climáticos, que condicionam formações vegetais também variadas, como as florestas tropicais, as savanas e as xerófitas, próprias das regiões mais áridas. A África também abriga o maior deserto do mundo, o Saara, no norte do continente, além do deserto de Kalahari, no sudoeste, e o da Namíbia, mais a oeste, junto à costa. Os contrastes nas paisagens desérticas são dados pela presença dos oásis, junto aos quais podem ser cultivados numerosos produtos.No continente africano, cujo território é cortado pela linha do equador e pelos trópicos, predominam os climas: Equatorial, Tropical, com variações tropical úmido, semi-úmido e tropical de altitude, Mediterrâneo e Árido.




Clima equatorial


Esse tipo de clima ocorre na parte central e oeste da faixa equatorial. A temperatura média anual ultrapassa 25ºC, com uma variação bem pequena entre o mês mais quente e o mês mais frio. As chuvas são abundantes e geralmente bem distribuídas durante o ano. A vegetação característica das regiões de clima quente e úmido são as florestas pluvionais.Em plena África central, a floresta do Congo é um exemplo de floresta equatorial, com sua extraordinária riqueza florística.



Clima tropical


Temperaturas médias mensais entre 18ºC e 25ºC e maior amplitude térmica anual em relação ao clima equatorial são as características do clima tropical. No interior do continente africano, o clima é tropical semi-úmido, pois apresenta duas estações bem definidas: verão acentuado e chuvoso, e inverno moderado e relativamente seco. Já nos litorais, penínsulas, ilhas e em latitudes próximas aos trópicos, o clima é tropical úmido, menos quente que o clima equatorial, mas também com chuvas bem distribuídas ao longo do ano. Nos planaltos, o clima é tropical de altitude é menos quente, pois a temperatura diminui em media 1ºC a cada 180 metros de altitude. No clima tropical de altitude, as savanas cobrem grandes extensões africanas, servindo de hábitat a animais de grande porte, como elefantes, gnus, girafas e leões.




Savanas




Semelhantes ao cerrado, do Brasil central, as savanas são uma vegetação de clima tropical. Elas se caracterizam po apresentar uma mistura de plantas herbáceas com arbóreas e ocupam cerca da metade do continente, desenvolvendo-se principalmente no sul do deserto do Saara. Uma rica fauna composta de leões, elefantes, girafas, zebras, rinocerontes, etc., vive nas savanas embora tenha sido dizimada nos últimos cem anos. Hoje o que sobreviveu dessa fauna está restrito às poucas reservas que foram ou estão sendo criadas em alguns países africanos.








Clima mediterrâneo


No extremo norte da África, o clima é subtropical do tipo mediterrâneo, com duas estações bem definidas: seca no verão e chuvosa no inverno. Além disso, a cadeia do Atlas provoca maior incidência de chuvas, as chamadas chuvas de montanha, que tornam as terras dessa área úmidas e férteis.



Climas áridos


Os climas áridos ou desérticos apresentam duas características essenciais: escassez e irregularidade de chuvas e grande variação diária de temperatura. E, devido há falta de umidade do ar, os dias são muito quentes e as noites, frias. Isso ocorre porque, durante o dia, a radiação solar chega mais intensa a superfície terrestre, à noite, no entanto, o calor recebido ao longo do dia é facilmente irradiado. No Saara, por exemplo, é comum a temperatura ultrapassar os 40ºC durante o dia e cair a 0ºC durante a madrugada.A formação vegetais das regiões áridas acabaram se adaptando à escassez de água. Nos desertos, as plantas apresentam espinhos em lugar de folhas para diminuir a transpiração. Os caules são cobertos por uma camada de cera, que impede a evaporação, e as raízes são longas, facilitando a busca de água subterrânea. Por essa razão as plantas do deserto são chamadas de xeromorfas – possuem formas adaptadas a falta de água.




Deserto do Saara




É o segundo maior deserto do mundo (perdendo apenas para a Antártica), localizado no Norte da África, é considerado apenas um pouco menor que a Europa. As temperaturas diurnas do Saara chegam a atingir 80ºC na cobertura de areia exposta ao sol. Em compensação, no inverno ocorrem geadas durante a madrugada, e a água acumulada chega a congelar as áreas montanhosas. As fronteiras do Saara são: o Oceano Atlântico a oeste, a cordilheira do Atlas e o Mar Mediterrâneo a norte, o Mar Vermelho a leste e o vale do Rio Niger a sul. O Saara divide o continente africano em duas partes, a África do Norte e Sub-Saariana . Em grande parte, o Saara é um enorme depósito de areia e pedras, cujo o subsolo é rico em ferro, petróleo, gás natural e fosfato, fósseis de dinossauros foram também encontrados. A origem desse deserto é explicada pelo fato de que ao longo do trópico de Câncer, que corta o Saara, existe uma zona de permanente alta pressão atmosférica. Esse fato da origem à dispersão de ventos, em vez de atraí-los.


Os oásis



Os oásis sao ilhas de povoamento que se formam junto a uma fonte natural de água em pleno deserto. O liquido mais preciso das regiões áridas aflui à superficie a partir dos lençóis freáticos originados da água das chuvas que penetrou nas camadas rochosas permeáveis, acumulando-se ao encontrar uma camada impermeável. Como nos oásis é possível desenvolver agricultura, a sedentarização das pessoas acabou ocorrendo espontaneamente. A terra, irrigada pelas foggaras, possibilita o cultivo dde tamareiras, oliveiras, diferentes tipos de frutas, hortaliças e cereais.

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