quarta-feira, 14 de novembro de 2012

ÁFRICA ORIENTAL


Tuesday, August 01, 2006

As paisagens da Africa Oriental




Na África Oriental existem grandes falhas tectônicas desde o Sul até o Norte que ajudam a formar o relevo. Nos altos tabuleiros etíopes se um avião for de Adis Adebu (Etiópia) para Cartum (Sudão) parece voar baixo, mas de repente a terra cai de enorme altura e lá embaixo, só se vê o amarelado das savanas do Sudão e o Nilo azul, com suas margens verdejantes. Para o sul continuam suas falhas que podem variar de algumas palmas a centenas de metros de profundidade, e em alguns lugares a largura é de 80 km.
Assim como o rio Amazonas, o Nilo formado pela junção de outros rios, em especial o Nilo Azul e o Branco que se juntam ao Norte de Cartum. Na parte mais baixa dessa convergência existe o Sudd, que quer dizer barragem onde aparece um labirinto de canais, lagos, charcos. Ali existe uma vegetação tão densa que bloqueia até o caminho das águas. Seus lados se vêem esparsos malesas de papiros, caniços, e outras plantas aquáticas, porem próximo a essas águas está o deserto com sua escassa vegetação espinhenta.
Nas grandes elevações de Ruanda, o fator altura tem forte influência sobre o clima. As chuvas são bem distribuídas o ano inteiro e as temperaturas são amenas. E a paisagem chega até a ter lembranças suíças.
O transporte era um problema, pois não havia grandes caminhos. Nas savanas do Sudão, o Bilod al-Sudan, ou “pais dos negros”, como diziam os árabes, o burro era o animal de carga, o boi fazia sua parte, e já o cavalo era usado para montaria de guerra e na paz e só levava o homem.
Na maior parte do Continente as pessoas viviam isoladas, eram poucas as áreas povoadas como no Ruanda.
Nas savanas a agricultura era deambulaste, ou seja, quando um terreno se esgotava, eles procuravam outro. O cultivo principal era de cereais como sorgo, milho.
A pecuária era tão importante quanto à agricultura, tanto economicamente quanto culturalmente. Entre os cuxitas e os nilóticas da África Oriental foi desenvolvido por mais de dois milênios o que se chamou culto “do gado”.
Entre os nilóticos, o menino cresce com seu novilho-irmão que o acompanha sua existência. Entre os povos nuer do Sudão os nomes das pessoas derivam do gado. Os jovens recebem o nome igual à do boi que lhe é entregue ao iniciar a vida adulta.
O sal era um item raríssimo, tão raro que em algumas partes da savana sudanesa chegou a ser trocado pelo mesmo peso em ouro.
Ao contrario do sal o ferro abundava por toda a parte. Porém havia lugares com o ferro de melhor qualidade como em Meroé no Sudão. O ouro era de aluvião ou retirado de profundas minas, entre as mais famosas áreas de extração está a Núbia.

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