Enquanto divagava por essas idéias e outras
semelhantes, adormeci, e me pareceu que estava na estrada que conduz a
... (e nomeou a cidade) e que caminhava naquela direção. Andei durante
algum tempo, atravessei lugares para mim desconhecidos, até que, em
certo momento, ouvi que alguém chamava pelo nome. Era a voz de uma
pessoa parada na estrada.
- Vem comigo – disse – e poderás ver logo o que desejas!
Obedeci imediatamente. Mas a tal pessoa andava com a
rapidez do pensamento, e eu no mesmo passo que meu guia. Andávamos de
maneira tal que nossos pés nem tocavam o solo. Chegados por fim a uma
certa região que eu desconhecia, o guia parou. Erguia-se sobre uma
preeminência do terreno um magnífico palácio de construção admirável.
Não sabia onde estava, nem sobre que montanha; nem me recordo mais se
estava realmente sobre uma montanha ou se estava no ar, sobre nuvens.
Era inacessível e não se via caminho algum para poder chegar até ele.
Suas portas eram de considerável altura.
- Sobe a esse palácio – me disse o guia.
- Como vou fazer? – observei eu – como fazer para subir? Aqui por baixo não há entrada, e não tenho asas.
- Entra! – replicou ele com autoridade. E, vendo que eu não me movia, disse:
- Faz como eu: levanta os braços com boa vontade e subirás. Vem comigo.
E assim dizendo, levantou ao alto as mãos,
dirigindo-as para o céu. Eu também abri os braços, e me senti num só
instante alçado pelos ares como uma nuvenzinha. Eis que chego aos
umbrais do palácio. O guia me acompanhara até lá.
- Que há aqui dentro? – perguntei.
- Entra, visita-o e verás. No fundo, num salão, encontrarás quem te ensinará.
E desapareceu, ficando eu só, como guia de mim mesmo.
Entrei no pórtico, subi as escadas e cheguei a um
salão verdadeiramente régio. Percorri salas espaçosas, aposentos
riquíssimos de ornamentos e longos corredores. Caminhava com velocidade
acima da natural.
Cada sala brilhava com magnificência de tesouros
espantosos, e naquela velocidade percorri tantos aposentos que me foi
impossível contá-los.
Mas uma coisa era mais admirável: para correr com a
rapidez do vento, eu não movia os pés; suspenso no ar com as pernas
juntas, deslizava sem esforço como sobre um cristal, mas sem tocar o
pavimento.
Passando assim de um aposento a outro, vi finalmente
no fundo de um corredor uma porta. Entrei e me encontrei num salão
grande, que superava em magnificência a todos os demais. No fundo dele,
sobre uma cadeira de espaldar alto, avistei um Bispo, majestosamente
sentado, em posição de quem se prepara para dar audiência. Aproximei-me
com respeito e fiquei admiradíssimo por reconhecer naquele prelado um
íntimo amigo meu, Era Dom ... (e disse o nome), Bispo de ..., falecido
havia dois anos. Parecia nada sofrer. Seu aspecto era radiante, afetuoso
e de tão grande beleza que nem sequer poderia exprimir.
- Oh! Senhor Bispo, vós por aqui? – perguntei, com grande alegria.
- Não me vê? – respondeu o Bispo.
- Mas, como isso? Ainda estais vivo? Não morrestes?
- Sim, morri.
- Se morrestes, como é que estais
sentado aqui tão radiante e satisfeito? Se ainda estais vivo, por
caridade, esclarecei-me: na diocese de ... há já um outro Bispo, Dom
..., em vosso lugar. Como é que se esclarece essa confusão?
- Esteja tranqüilo; não se preocupe que já estou morto...
- Ainda bem que já está um outro em vosso lugar.
- Sei disso. E o Sr., Dom Bosco, está vivo ou está morto?
- Eu estou vivo. Não vedes que estou aqui em corpo e alma?
- Aqui não se pode vir com o corpo.
- Mas, sem embargo, aqui estou.
- É o que lhe parece; mas não é assim...
Eu me apressava em falar-lhe, fazendo perguntas e mais perguntas, sem receber resposta alguma.
- Como pode ser que eu, que estou vivo, esteja aqui convosco, Senhor Bispo, que já morrestes?
Tinha medo de que o Bispo desaparecesse, pelo que lhe roguei:
- Senhor Bispo, por caridade, não me deixeis. Necessito saber muitas coisas. Dizei-me, Senhor Bispo, salvastes vossa alma?
O Bispo, vendo-me tão ansioso, disse: - Não se aflija tanto e fique calmo, que não fugirei. Pode falar.
- Dizei-me, Senhor Bispo, estais salvo?
- Olhe-me; observe como estou robusto, cheio de louçania e brilho.
Seu aspecto me dava realmente a certeza de que estava salvo; mas, não me contentando com essa impressão, repliquei:
- Dizei-me se estais salvo, sim ou não.
- Sim, estou em lugar de salvação.
- Mas já estais no Paraíso, gozando do Senhor? ou no Purgatório?
- Estou em lugar de salvação, mas ainda não vi a Deus e ainda necessito de que reze por mim.
- E quanto tempo ainda devereis estar no Purgatório?
- Olhe aqui e leia! – disse, apresentando-me uma folha de papel.
Tomei na mão o papel; observei atentamente, mas, nada vendo escrito, disse-lhe:
- Nada vejo!
- Veja bem o que nele está escrito e leia!
- Já olhei com atenção e estou olhando novamente, mas nada posso ler porque nada há escrito aqui.
- Veja com mais atenção!
- Vejo um papel com floreados vermelhos, azuis, verdes, cor de violeta, mas não encontro letra alguma.
- São algarismos.
- Não vejo letras nem números.
O Bispo olhou o papel que eu tinha nas mãos e disse:
- Já sei porque o Sr. não vê nada; vire o papel ao contrário.
Examinei a folha com maior atenção, virei-a de to dos
os lados; mas nem de um lado nem do outro nada consegui ler. Somente me
pareceu ver, entre uma infinidade de traços e desenhos, o número 2.
- O Sr., Dom Bosco, sabe por que é
necessário ler ao contrário? – continuou o Bispo – É porque os juízos do
Senhor são completamente distintos dos do mundo. O que os homens julgam
sabedoria é tolice aos olhos de Deus.
Não tive coragem de insistir para que explicasse mais claramente, e disse:
- Senhor Bispo, não vos afasteis; quero perguntar-vos mais coisas.
- Pois pergunte, que lhe escuto.
- Eu me salvarei?
- Deve ter esperança nisso.
- Não me façais sofrer; dizei-me logo se me sal varei.
- Não sei.
- Pelo menos dizei-me se estou na graça de Deus.
- Não sei.
- E meus meninos, salvar-se-ão?
- Não sei.
- Mas, por favor, dizei-me, estou implorando.
- O Sr. estudou Teologia e portanto pode saber, pode dar-se a esposta a si mesmo.
- Mas, como? Estais em lugar de salvação e ignorais essas coisas?
- O Senhor as dá a conhecer a quem
quer; e quando quer que elas sejam comunicadas, dá ordem e permissão
para tal. A não ser assim, ninguém pode comunicá-lo aos que ainda vivem.
Eu me achava nervoso, na impaciência de fazer mais
perguntas, e as fazia apressadamente, com temor de que o Senhor Bispo se
retirasse.
- Dizei-me algo para transmitir de vossa parte aos meus meninos.
- O Sr. sabe tanto quanto eu o que
devem fazer. Tendes a Igreja, o Evangelho e as outras Escrituras que
tudo vos dizem. Diga-lhes que salvem suas almas, pois tudo o mais de
nada serve.
- Já sabemos que devemos salvar a
alma. Mas, que devemos fazer para salvá-la? Dê-me alguma recomendação
especial para poder salvá-la, e que nos faça recordar de vós. Eu o
repetirei aos meus rapazes em vosso nome.
- Diga-lhes que sejam bons e sejam obedientes.
- Quem é que não sabe essas coisas?
- Diga-lhes que sejam puros e que rezem.
- Mas, explicai-vos em termos mais concretos.
- Diga-lhes que se confessem com freqüência e façam boas confissões.
- Alguma outra coisa ainda mais concreta...
- Direi, já que quer. Diga-lhes que
têm diante dos olhos uma neblina, e que quando alguém chega a vê-la já
está muito adiantada. Que afastem essa neblina, como se lê nos Salmos:
Nubem dissipa.
- Que neblina é essa?
- São todas as coisas mundanas, que impedem de ver as coisas celestiais como de fato são.
- E que devem fazer para afastar essa neblina?
- Considerem o mundo exatamente como
ele é: Mundus totus in maligno positus est [mundo está todo posto no
maligno]; e então salvarão a alma. Que não se deixem enganar pelas
aparências do mundo. Os jovens crêem que os prazeres, as alegrias, as
amizades do mundo, podem fazê-los felizes e, portanto, não esperam se
não o momento de poder gozar desses prazeres. Mas recordem-se de que
tudo é vaidade e aflição de espírito, e tomem o hábito de ver as coisas
do mundo não como elas parecem, mas como realmente são.
- E essa neblina, como é principalmente produzida?
- Assim como a virtude que mais
brilha no paraíso é a pureza, assim a obscuridade e a neblina são
produzidas principalmente pelo pecado de imodéstia e impureza. É como
uma negra nuvem densíssima que tolda a visão e impede os jovens de verem
o precipício rumo ao qual caminham. Diga-lhes, portanto, que conservem
zelosamente a virtude da pureza, porque os que a possuem florebunt sicut
lilium in civitate Dei [florescerão como o lírio na cidade de Deus].
- E que se requer para conservar a pureza? Dizei-me, e o direi aos meus caros jovens de vossa parte.
- Recolhimento, obediência, fuga do ócio e oração.
- E que mais?
- Oração, fuga do ócio, obediência e recolhimento.
- Nada mais?
- Obediência, recolhimento, oração e fuga do ócio. Recomende-lhes estas coisas, que elas são suficientes.
Teria querido perguntar-lhe muitas coisas mais, porém
não me vinham à lembrança. Assim é que, mal o Bispo terminou de falar,
impaciente para vos transmitir aqueles avisos deixei apressadamente o
salão e corri para o Oratório. Voava com a rapidez do vento, e num
instante encontrei-me na porta de casa. Mas, ao chegar, parei e pensei:
- Por que não permaneci mais tempo
com o Senhor Bispo de... Teria conseguido ainda melhores
esclarecimentos. Fiz mal em deixar escapar uma ocasião tão boa. Teria
aprendido muitas coisas interessantes.
E imediatamente voltei atrás com a mesma rapidez com
que tinha vindo, temeroso de não mais encontrar o Senhor Bispo. Entrei
novamente no palácio e no salão.
Mas, que mudança se havia operado em poucos
instantes! O Bispo, pálido como cera, estava estendido sobre um leito e
parecia um cadáver; em seus olhos brilhavam ainda suas últimas lágrimas;
estava em agonia. Só pelo ligeiro movimento do peito, produzido pelos
últimos alentos, se deduzia que ainda estava vivo. Aproximei-me com
grande preocupação e perguntei:
- Senhor Bispo, que vos aconteceu?
- Deixe-me! – respondeu com um gemido.
- Teria ainda muitas coisas que vos perguntar.
- Deixe-me só! Sofro imensamente.
- Que posso fazer por vós?
- Reze e deixe-me ir embora!
- Para onde?
- Para onde me conduz a mão onipotente de Deus.
- Mas, Senhor Bispo, rogo-vos que me digais o local.
- Sofro imensamente, deixe-me.
Eu repetia: - Mas ao menos dizei-me: que posso fazer por vós?
-Reze por mim.
-Uma só palavra: tendes algum encargo que eu possa fazer-vos no mundo? Não quereis dizer nada para vosso sucessor?
-Vá ao atual Bispo de... e diga-lhe, de minha par te, tal e tal coisa...
As coisas que me disse não vos interessam, queridos jovens, e por isso as omito.
O Bispo acrescentou:
- Diga também a tais e tais pessoas, tais e tais coisas secretas...
(Também sobre esses recados Dom Bosco se calou. Mas
tanto as primeiras quanto as segundas, parece que se referem a avisos e
remédios com respeito à sua antiga diocese.)
-Nada mais?
- Diga a seus jovens que eu sempre os
quis muito bem, e que enquanto vivi sempre rezei por eles; ainda agora
me recordo deles. Que rezem eles por mim.
-Tende certeza, Senhor Bispo, de que
assim o direi. E começaremos imediatamente a oferecer sufrágios por
vossa alma. Mas quando o Senhor Bispo estiver no Paraíso, lembre-se de
nós.
O Bispo tinha tomado um aspecto ainda mais sofre-
dor. Era um tormento vê-lo. Sofria muitíssimo. Era uma agonia das mais
angustiosas.
- Deixe-me – repetiu – deixe-me que vá para onde o Senhor me chama.
- Senhor Bispo! Senhor Bispo! – repetia eu cheio de indizível compaixão.
- Deixe-me! Deixe-me!
Parecia que expirava. Uma força invisível o arrastou dali para habitações mais interiores, de modo que desapareceu.
Eu, com tanto sofrer, assustado e comovido, quis
voltar atrás; mas, tendo batido com o joelho num objeto qualquer
daquelas salas, acordei e me encontrei de repente deitado no meu quarto.
Como vedes,jovens, este é um sonho como todos os
outros sonhos; e no que se refere a vós, não tendes necessidade de
explicações, porque todos o entendestes bem.
E Dom Bosco Concluiu a narração dizendo:
Neste sonho aprendi tantas coisas a respeito da alma e
do Purgatório como antes jamais havia chegado a compreender; e as vi
tão claramente que jamais as esquecerei.
Assim termina a narração de nossos apontamentos.
Parece que em dois quadros distintos o Venerável Dom
Bosco quis expor o estado de graça das almas do Purgatório e seus
sofrimentos expiatórios.
Nenhum comentário fez acerca do estado daquele bom
Bispo. Sabe-se, aliás, por revelações digníssimas de fé e pelo
testemunho dos Santos Padres, que pessoas de santidade consumada, lírios
de virginal pureza, carregados de méritos, fazedores de milagres que
nós hoje veneramos nos altares, por defeitos ligeiríssimos deve ram
permanecer um tempo até prolongado no Purgatório. A Justiça Divina quer
que, antes de entrar no Céu, cada um pague até a última parcela de suas
dívidas.
Nós que escrevemos isto, tendo perguntado algum tempo
depois a Dom Bosco se havia executado os encargos recebidos daquele
Prelado, com a confiança com que nos honrava, respondeu-nos:
Sim, executei fielmente o que me recomendou.
Observaremos também que a pessoa que transcreveu o
sonho omitiu uma circunstância que nós recordamos, talvez porque então
não entendia seu sentido e importância.
Dom Bosco havia perguntado a certa altura quanto
tempo ainda viveria, e o Bispo lhe havia apresenta do um papel cheio de
rabiscos entrecruzados parecidos com o número 8, mas sem dar explicação
alguma desse mistério..
Indicaria o ano de 1888?16
São João Bosco começou por chamar Oratório, ou
Oratório festivo, às reuniões que fazia para os jovens nos domingos e
dias de festa. Nessas reuniões rezava com os rapazes, dava catequese,
ministrava os Sacramentos e proporcionava sadia recreação. Com o passar
do tempo, por extensão, Oratório passou a designar o local de Turim em
que o Santo estabeleceu sua obra.
Na Itália, o tratamento respeitoso de Don (de Dominus, isto é, senhor) é dado habitualmente aos sacerdotes seculares.
No Oratório, chamava-se “Boa Noite” a alocução,
geralmente breve, que São João Bosco costumava fazer no término do dia.
Tal costume permanece até hoje nas casas salesianas.
Da narrativa de São João Bosco pode-se talvez
depreender que, neste caso concreto, não se tratou de sonho, mas de uma
visão sobrenatural. Em sua humildade, o Santo teria procurado, com as
frases que acabamos de ler. ocultar o verdadeiro caráter da revelação
recebida.
Giovanni Cagliero nasceu em Casteinuovo d’Asti, em
1838. Foi um dos primeiros discípulos de São João Bosco. Chefiou a
primeira missão apostólica salesiana na Argentina (1875). Foi feito
Bispo em 1884, Arcebispo em 1909 e por fim, em 1915, Cardeal. Faleceu em
Roma, em 1926. Tinha notável talento musical e chegou a com por várias
peças sacras de valor.
São Domingos Sávio,
aluno de São João Bosco, nascido em Riva di Chieri, em 1842, faleceu
com 15 anos incompletos, em 1857, deixando fama de eminente santidade.
Foi beatificado em 1950 e canonizado em 1954.
O Padre Vittorio Alasonatti (1812-1865) já era
sacerdote quando ingressou no Oratório. Até sua entrada, em 1854, Dom
Bosco era o único sacerdote da casa. Auxiliou Dom Bosco, especialmente
na área administrativa, tendo sido o primeiro Ecônomo e Prefeito do
Oratório. Faleceu deixando fama de grande virtude.
O Padre Giovanni Battista Lernoyne (1839-1916) foi
secretário e biógrafo de São João Bosco. Planejou e em grande parte
executou as monumentais Memorie Biografiche di Don Giovanni Bosco, em 19
volumes.
Em nota ao pé de página o compilador das Memórias
Biográficas explica melhor esse parágrafo: “Em outros termos, [Dom
Bosco] quer dizer: Quando, por vontade divina, uma alma separada do
carpa aparece diante de vós, ela se apresenta a assoa olhos com a forma
exterior do corpo que foi por ela informado, e por essa razão é que te
parece que eu tenha mãos, pés, cabeça etc.”
As Memórias Biográficas registram seus nomes: os
jovens Giovanni Briatore, Vinorio Strolengo, Stefano Mazzoglio, Natale
Garota, Antonio Bognati e Luigi Boggiatto, e os clérigos Michele
Giovannetti e Carlo Becchio (este falecido no último dia do ano).
Alguns fenômenos místicos extraordinários por vezes
produzem, nas almas escolhidas que os recebem, sensações dessas. Fica,
entre tanto, claro pelo desenrolar da narrativa, que esse personagem,
apesar dos efeitos desagradáveis ligados à sua presença, é um verdadeiro
amigo de São João Bosco, possivelmente seu Anjo da Guarda.
O Beato Michele Rua, nascido em Turim, em 1837 e
falecido na mesma cidade, em 1910, foi o primeiro sucessor de São João
fosco, cuja obra ampliou e propagou por muitos países. De tal forma Dom
Rua se identificou com o espírito de seu fundador que – diziam os
contemporâneos – era “un altro Don Bosco”. Foi beatificado em 1972.
O Padre Giovanni Battista Francesia (1838-1930) foi
dos mais antigos e mais ativos discípulos de São João Bosco. Eminente
latinista, lecionou nos primeiros seminários salesianos. Foi o último
dos salesianos da primeira geração a falecer.
Possível alusão a algum episódio de outro sonho, ou
talvez alusão ao Evangelho de São João: “Como a vara não pode por si
mesma dar fruto se não permanecer na videira, assim também vós se não
permanecerdes em Mim. Eu sou a videira e vós as varas, O que permanece
em Mim e Eu nele, esse dá muito fruto, porque sem Mim nada podeis fazer
Se alguém não permanecer em Mim será lançado fora com a vara, e secará, e
enfeixá-lo-âo, e o lançarão no fogo, e arderá” (15,4-8).
Essas palavras do Padre Lemoyne não se referem
somente ao sonho de sobre o Inferno, mas também a outros relatos que São
João Bosco fizera em 1869, e que foram objeto dos capítulos anteriores
do mesmo volume das Memórias Biográficos.
1888 foi o ano do falecimento de São João Bosco.
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